Associação Cultural Canto de Luz (ACCAL) celebra o Dia do Folclore

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O dia 22 de agosto é destinado, no calendário brasileiro, para as comemorações do Dia do Folclore.

Ao “…conjunto de tradições e costumes populares que são transmitidos de geração em geração…” na síntese do arqueólogo inglês William John Thoms (GB. 16.11.1803 – 15.08.1885) foi pela primeira vez publicada a locução “folk lore” em 1878 pela respeitada revista “The Athenaeum” e a partir daí aceita publicamente para designar se conceito.

A conjunção deste termo significa “povo” e “sabedoria”.

No Brasil, até hoje, especialistas apontam como a designação mais significativa sobre folclore, aquela aprovada I Congresso Brasileiro de Folclore, realizado no Rio de Janeiro, de 22 a 31 de agosto de 1951.

Afirma o documento:

“Folclore é o conjunto das criações culturais de uma comunidade, baseado nas suas tradições expressas individual ou coletivamente, representativo de sua identidade social. Constituem-se fatores de identificação da manifestação folclórica: aceitação coletiva, tradicionalidade, dinamicidade, funcionalidade. Ressaltamos que entendemos folclore e cultura popular como equivalentes, em sintonia com o que preconiza a UNESCO”.

A Associação Cultural Canto de Luz, cumprindo seu papel institucional, reuniu admiradores das artes que envolvem a cultura gaúcha, colaboradores e seus integrantes, em confraternização, no dia 19.08.2016, junto ao Restaurante “Chapa e Bife”.

Foram apresentadas músicas diversas e releituras de composições que compõe o acervo musical do Festival Nativista Canto de Luz desde sua primeira edição.

Sucessos como “Um Mate para o Pai” (Letra e Melodia de Nilton Jr. Da Silveira), vencedora da primeira edição, “Fundamentos pra Voltar” (Letra de Máximo Fortes e Melodia Halber Lopes e Cristiano Fantinel), última vencedora em 2015 (4ª edição) foram ovacionadas e reciprocamente cantadas pela plateia.

Juntou-se a estas as músicas mais populares do festival como “Canção do Povo” (Letra de Moacir D’avila Severo e Melodia de Cristiano Fantinel) da 2ª edição e “Luz do Meu Olhar” com letra e melodia dos ijuienses Dilceu dos Santos, Iberê Maritns e Darci Zwirtes, dentre outros parceiros da obra, que foram ovacionadas pelos presentes.

Antes do excelente cardápio oferecido pelo restaurante e da exibição musical que ficou por conta de Jandir Gottschefski (contrabaixo), Nando Soares (violão), Celso Metzdorf (acordeón cromático) e Vinícios Hoch (vocal), além de convidados que subiram ao palco a convite da Associação, a cantora Claudia Guedes e o cantor Dilceu dos Santos, que animou os presentes, como de costume, os convidados puderam admirar a palestra proferida pelo estudioso folclorista e poeta Pedro Darci de Oliveira abordando a versão ocidental e que adotamos sobre folclore.

Nas palavras do ilustre palestrante “… foram os irmãos Grimm (Jacob, 04.01.1785 – 20.09.1863 e Wilhelm, 24.02.1786 – 16.12.1859) os primeiros a manifestar em sua obra a representação dos costumes cotidianos da região em que viviam na Alemanha, com o propósito de sintetizar um “tratado acadêmico” com o fito de preservar as histórias e “estórias” tradicionais que foram transmitidas de geração para geração.”

Abordou também assuntos relacionados a música, a nossa tradição vinculada aos costumes do colonizador (açoriano, português e espanhol) e imigrantino (alemão, italiano, europeu oriental) que foram adptados ao cotidiano riograndense.

Ainda, experimentou Pedro Darci a exibição talentosa desta comparação musical executando ao violão os ritmos indígenas, europeus, ilhéus e dos países platinos, significativos para a formação cultural do gaúcho.