A 35ª Coxilha Nativista foi realizada nos dias 29 de julho a 1º de agosto, no Ginásio Municipal de Esportes de Cruz Alta. Esse é o Festival mais antigo, em se considerando a continuidade das suas edições: são 35 anos de forma ininterrupta desde 1981.
Mais que um patrimônio cultura regional, a Coxilha é um ponto de encontro dos ícones (compositores – poetas-letristas – musicistas e intérpretes) da música nativa do Rio Grande do Sul. Em 2015, o homenageado foi o seu idealizador, “Baianinho”, como era conhecido Antonio Augusto Sampaio da Silva (in memorian). Foi a partir de sua experiência pessoal em 1980 na partir na 1ª edição da Tertúlia Musical Nativista de Santa Maria que o político cruz-altense, pessoa ligada a cultura e as artes, trouxe para sua casa a ideia de realização em Cruz Alta de um festival nativista semelhante ao qual tinha presenciado. Inaugurava-se então, o 1º Festival que contava com a organização oficial de um Município, tanto em condições orçamentárias quanto na sua direção.
Nesta edição, dez músicas foram selecionadas para a Fase Local das quais quatro foram classificadas para a noite final que ocorreu em 1º de agosto de 2015 e também receberam premiações destinadas a este aparte no Festival:
1º Lugar – Quem Vem Lá – Letra de Jorge Nicola Prado, música de Kauê Diaz interpretada por Leonardo Dias Morales.
2º Lugar – Coxilhas – Letra e Música de César Silveira, por ele interpretada.
3º Lugar – Apego – Letra de Jorge Moreira, Música e interpretação de Beto Barcellos.
A composição “Peão Gaudério”, uma vaneira com letra, música e interpretação de Sérgio Matias ficou com o prêmio de música mais popular da 35ª Edição do Festival.
Já das dezoito composições apresentadas nas noites 30 e 31 de julho que foram integrantes da Fase Geral da Coxilha Nativista, a partir da seleção dos jurados classificaram-se dez que se somaram as quatro já originárias da Fase Local.
No concurso final do Festival, onde as catorze composições concorreram em igualdade de condições, a comissão julgadora elegeu as seguintes vencedoras:
1º Lugar – QUANDO PROSEIO COM OS VELHOS (Milonga) – Letra: Sílvio Genro, Música e interpretação de Tuny Brum acompanhada por Jair Medeiros (violão), Diogo Matos (teclado), Felipe Karan (violino) e Alexandre Scherer (contrabaixo).
2º Lugar – A FRONTEIRA E O VENTO (Milonga) – Letra: Jaime Vaz Brasil, Música e violão de João Bosco Ayala Rodrigues e Nilton Jr, na intérprete de Robledo Martins e grupo Chão de Areia (Chico Saga – violão; Mário Tressoldi – baixo; Mano Ayala – Percussão; Nilton Jr – piano e Flávio Jr – cajón).
3º Lugar – BALCÃOZITO CURANDEIRO (Chamarra) – Letra Diógenes Lopes, Música e interpretação e violão de Robson Garcia acompanhado por Marciano Reis (violão), Juliano Gomes (baixo), Marcelo Holmos (guitarrón), Marcelinho Nuñez (gaita botoneira) e Dado Gonzales (cajón).
As demais premiações individuais foram:
Melhor Intérprete – CRISTIANO FANTINEL interpretando Meus Guardiões (Letra e Música de Luiz Carlos Ranoff) que também recebeu a premiação de “Melhor Arranjo).
Melhor Instrumentista – LUCIANO MAIA.
Melhor Letra – A FRONTEIRA E O VENTO.
Melhor Melodia – QUANDO PROSEIO COM OS VELHOS.
O Melhor Tema alusivo a Cruz Alta e o Melhor Conjunto Vocal foi dirigida a composição APEGO.
Melhor Indumentária – GUTO GONZALEZ.
Música Mais Popular – PEÃO GAUDÉRIO.
Os jurados da 35ª edição da Coxilha Nativista foram renomados artistas sob os quais recaiu a árdua missão de selecionar as canções ainda no período de triagem e mais tarde, já contando com os trabalhos palco, julgá-las na fase classificatória e grande final:
poeta Rodrigo Bauer e o compositor intérprete Miguel Bicca, ambos de São Borja; intérprete e bicampeão da Coxilha nas edições 33ª e 34ª Ita Cunha, natural de São Gabriel. Para representação local foram escolhidos Marcelinho Carvalho, melodista e Régis Coradini, ambos de Cruz Alta.
O público que compareceu em grande número na 35ª edição do Festival foi presenteado com cinco shows seguidos nas noites da Coxilha:
Quarta-feira, 29 de julho – Show de Abertura: Nilton Ferreira e Show de Intervalo: Walther Morais; Quinta-feira, 30 de julho – Cristiano Quevedo; Sexta-feira, 31 de julho – Shana Muller e
Sábado, 01 de agosto – Garotos de Ouro.
Em todos os dias a abertura contou com o Show do Grupo “Passion Gaúcha” que apresentou performances de danças latinas e gaúchas.
Além de todos estes prêmios e apresentações o compositor cruz-altense Beto Barcellos foi agraciado com o “Troféu Origens” pelo conjunto da obra relevante, principalmente por sua participação desde as primeiras edições da Coxilha Nativista.
O Festival Nativista Canto de Luz é um evento realizado pela Prefeitura de Ijuí, através da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo e Associação Cultural Canto de Luz, com apoio das forças vivas da comunidade.